segunda-feira, 18 de novembro de 2024

?

 A dor, o medo, o ardor no peito que a insegurança traz, a ansiedade que corroe o coração.

O nó na garganta, o engasgo na alma. Quem é que te escuta? Quem segura suas pontas para que não cresçam mais nós?

Quem somos nós tão sós?

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Até quanto você tem a coragem de abrir o peito nu e cru, por pra fora todas suas verdades, todos seus sentimentos, todos os seus medos. Aberto de modo que se te atirarem, você ajeita o alvo no centro do peito. Ser honesto, transparente, sem melindros, sem etecéteras. O peito sangra.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

[...]

[...]

Seu perfume não sai de mim, mesmo que tome milhões de banhos ou que você nem tenha passado perfume algum.

[...]

Minha memória de ontem tem uma nova nota: a sinfonia dos nossos corações batendo em um compasso acelerado no ritmo perfeito do nosso abraço.

[...]


domingo, 3 de novembro de 2024

 É. Sem fim.

(continua...)




quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O amor:

Da paz,

Da dor de revezes,

Só que só como que sê num buraco negro,

A alma devastada arrastando as correntes da solidão,

Do retorno.


"Quem acreditou, No amor, no sorriso, na flor, Então sonhou, sonhou...
E perdeu a paz, O amor, o sorriso e a flor,
Se transformam depressa demais
Quem, no coração, Abrigou a tristeza de ver,
Tudo isto se perder

E, na solidão, Procurou um caminho e seguiu,
Já descrente de um dia feliz
Quem chorou, chorou, E tanto que seu pranto já secou
Quem depois voltou, Ao amor, ao sorriso e à flor, Então tudo encontrou
Pois, a própria dor, Revelou o caminho do amor,
E a tristeza acabou"




quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Fazendo amor com todo o nosso amor [mais profundo]

"Vou extrair ocitocina dos seus beijos

E enfiarei testosterona em todos os seus lábios

Em seus peitos sugarei

[incansavelmente]

Até que gemas entorpecida

Enquanto te _ _ _ _ _ _ _ com dureza, porém,

ternamente

Com a pelve trêmula sentirás 

o gozo

Molhando meu membro

intumescido

entrando e saindo 

d_  _ _ _  _ _ _ _

Acelero a penetrar-te

Sinto a chama do teu gozo úmido sair de dentro de ti e me tomar por todo o corpo

E gozo

Fundo

E fico ali, numa convulsão sublime, deitado sobre ti, arfando entre suspiros de 'eu te amo'.

- D.M. 

- 26.06.24


Das coberturas de bolo


 As camadas do amor.

As relações como quão são.

Inteiras, profundas, complexas.

Tão doce como a cobertura do bolo, há partes que dão todo o sabor (ou dissabor).

Quer somente a parte boa?

A parte doce, úmida, firme, crocante... há tantas e tantas coberturas e camadas.

O bolo com seus diversos ingredientes que formam, a depender da temperatura do forno, a massa, fofa, macia, embatumada, por vezes com seu fundo tostado.

No bolo, sim, dá pra comer somente a cobertura, assim como faço numa vida toda, mesmo que a massa tenha saído do forno com sucesso.

E na nossa vida, nas nossas relações? 

Impossível, mesmo que alguns queiram por aí. 

Passam uma vida só comendo coberturas, não sentem nem o sabor, nem o dissabor de ter o bolo todo.

Eu digo convicta: eu quero o bolo todo da vida.

Todas as camadas de uma só vez. A base, a massa, quiçá um recheio e toda a cobertura.

Me nego, por mesmo que sofra, que doa, me nego a comer só a cobertura.

A realidade nua e crua é deliciosa e onerosa.

Ninguém sente alegrias e felicidades todos os dias.

Ninguém tem humor brilhoso e auto estima reluzente todos os dias.

E junto de alguém que você ama é certeiro. Nem todos os dias serão à plena felicidade. Até porque se reconhece a felicidade quando você conhece a tristeza, pode ser numa ordem inversa, mas é assim que funciona, assim como não existe o bem sem o mal.

E, não há um amor real, maciço e conciso sem que haja asperezas, só quando existe o amor, ele vive na alegria e na dor, só quem ama de verdade entende que ultrapassamos barreiras que acreditávamos que nunca ultrapassaríamos, mantemos a fidelidade ao sentimento, mesmo que a ausência esteja presente.

Com o amor, comemos o bolo até sem a cobertura, massudo, embatumado, porque sabemos que somente a cobertura é mera ilusão.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Compilado de uma tristeza sem fim

"How I wish
How I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"

"a dor é minha só,
não é de mais ninguém
[...]
É meu troféu, é o que restou,
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor.
A sala, o quarto, a casa está vazia,
A cozinha, o corredor"

"E é lindo ver vc sendo vc.
Acho que é disso que eu mais sinto falta. Um dia vc disse que entendia que eu gostava de vc do jeito que vc é. Sim, eu amo seu jeito.
E não sei mais o que escrever. Não consigo achar uma conclusão
Eu quero ser merecedor de vc, sabe?
Mas me vi não sendo.
E não sei se algum dia serei
Mas se tudo der errado, é com vc que eu quero conversar daqui 50 anos." {12.04.24}

Segue-se dessa maneira inconclusa nauseada dentro de um imenso buraco que a ausência dispõe nadando profundamente na tristeza enraizada numa dor infinita diária constante que toda a redundância que possa ser realizada não define essa quilhotina na presença.

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Da dignidade humana diária

 São mais dúvidas do que afirmações.

Chegarei ao meu fim e ainda haverá indagações

 à pergunta eterna

até que ponto vai a dignidade humana?

Pergunta que será eterna não somente ao meu viver e, sim, a uma extensa gama de pessoas comuns e grandes pensadores [...]

Há pessoas que se põe em um papel tão ínfimo e ainda tem a convicção de achar que estão bem, acima (?), acima do que e dos quens?

Somente a sensação lhes convem?

Porque a realidade elas não tem!

    Mesmo que achem, que divulguem, lá no íntimo, no papo secreto com elas mesmas... Ah... não tem!

E vivem descaradamente nesse ciclo eterno, tentam com um, com outro, nunca, nunca obtem sucesso, porque a auto enganação as fazem viver à margem, à margem rasa, como a nata do leite, não tem raiz, nem profundidade, somente flutua, seguindo na rasidão das relações e vive com nada te apetecendo, nada te conectando,

sem construções,

vive tropeçando,

escorregando feito sabonete,

escorregando dum lado, pro outro,

passa de mão em mão,

até mesmo passa uma vida toda se ensaboando nela mesma

até que se derreta todo

chega ao seu fim.

A pessoa grita, esguela, refuta situações teatrais e banais,

entra em "crises",

atrasa as vidas pelas quais passa fazendo só espuma.

Retoma à situações pelas quais se humilhou, vexamitórias, lhe ignoraram, lhe reduziram, 

iguais a que faz aos outros em sigilo, velado.

Porque é o que ela desdenha nos outros é em sigilo. O que passa com os outros é escancaralhado. 

Consequência e resultado.

Sem dignidade alguma ela vai lá e começa tudo de novo.

Um ciclo eterno

de uma mente

com lembranças ardilosas rancorosas.

E por falar em dignidade

Onde está a sua?

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

A S.A.U.D.A.D.E.


E, algumas vezes, não existe nem a despedida...