
"... eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então."
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Não silencie
Se aproxime
me deixe sentir o calor da sua mão,
do seu abraço,
faça um estardalhaço.
Me mostre mais que vastas palavras multicoloridas.
Cante, me encante, me embale
em alguma melodia que faça voar,
perder o chão, o rumo,
me faça sair por aí sem prumo.
Não emudeça,
me marque com sua presença.
sábado, 24 de abril de 2010
Tudo pela metade
"Eu admiro o que não presta
Eu escravizo quem eu gosto
Eu não entendo
Eu trago o lixo para dentro.
Eu abro a porta para estranhos
Eu cumprimento
Eu quero aquilo que não tenho
Eu tenho tanto a fazer
Eu faço tudo pela metade
Eu não percebo
Eu falo muito palavrão
Eu falo muito mal
Eu falo muito mesmo sem saber o que estou falando
Eu falo muito bem, eu minto."
Eu escravizo quem eu gosto
Eu não entendo
Eu trago o lixo para dentro.
Eu abro a porta para estranhos
Eu cumprimento
Eu quero aquilo que não tenho
Eu tenho tanto a fazer
Eu faço tudo pela metade
Eu não percebo
Eu falo muito palavrão
Eu falo muito mal
Eu falo muito mesmo sem saber o que estou falando
Eu falo muito bem, eu minto."
- Marisa Monte -
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Olhares
"Seu olhar melhora o meu"...
eu sempre transbordante de questões,
me pergunto:
'Cadê o olhar que melhorará o meu?'
O olhar cúmplice,
solidário, amigo, parceiro,
que complementa todos os meus olhares,
que preenche o que meu olhar não alcança,
um olhar que vá além do meu.
Olho ao redor,
há uma imensidão de olhares,
nenhum me invade,
nenhum ultrapassa o limite das minhas incógnitas,
nenhum é devastador... profundo.
Só sinto olhares vazios,
receosos,
melindrosos,
que não tem a coragem de invadir
e desafiar o meu.
eu sempre transbordante de questões,
me pergunto:
'Cadê o olhar que melhorará o meu?'
O olhar cúmplice,
solidário, amigo, parceiro,
que complementa todos os meus olhares,
que preenche o que meu olhar não alcança,
um olhar que vá além do meu.
Olho ao redor,
há uma imensidão de olhares,
nenhum me invade,
nenhum ultrapassa o limite das minhas incógnitas,
nenhum é devastador... profundo.
Só sinto olhares vazios,
receosos,
melindrosos,
que não tem a coragem de invadir
e desafiar o meu.
sábado, 10 de abril de 2010
"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
- Fernando Pessoa -
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